Olá, mãe! Se você chegou até aqui, é porque talvez esteja passando pelo mesmo dilema que eu vivi: deixar ou não o bebê dormir na cama comigo? Essa é uma dúvida que deixa qualquer mãe de cabelo em pé, principalmente no começo, quando tudo é novo, cansativo e cheio de inseguranças.
Hoje eu quero conversar com você, de mãe pra mãe, sobre a cama compartilhada, também conhecida como co-sleeping, e te ajudar a entender se é seguro dormir com o bebê — e como fazer isso da forma mais cuidadosa possível, caso você opte por essa prática.
O que é cama compartilhada?
A cama compartilhada é quando o bebê dorme na mesma cama que os pais. Muita gente confunde com o quarto compartilhado, que é quando o bebê dorme no mesmo cômodo, mas no seu próprio berço ou mini cama. No caso da cama compartilhada, o contato é direto — e por isso, surgem tantas dúvidas sobre segurança.
Por que eu optei por dormir com meu bebê?
No início, eu achava que jamais colocaria meu bebê na minha cama. Mas a exaustão das madrugadas, a amamentação frequente e o desejo de tê-lo pertinho de mim falaram mais alto. Não foi uma decisão imediata, e sim uma construção cheia de pesquisa, escuta e adaptação.
E eu confesso: dormir com o meu bebê foi uma das coisas mais reconfortantes dessa fase. Sentir sua respiração, acalmá-lo com um toque, ter esse vínculo tão próximo… tudo isso foi transformador.
Cama compartilhada é segura?
Essa é a pergunta de um milhão de dólares, não é? A resposta curta é: depende. A cama compartilhada pode ser segura, desde que alguns cuidados essenciais sejam seguidos. A Sociedade Brasileira de Pediatria e outros órgãos recomendam cautela, principalmente nos primeiros meses, por conta do risco de SMSL (Síndrome da Morte Súbita do Lactente).
Mas também existem estudos e experiências de mães no mundo inteiro que mostram que, com os devidos cuidados, o co-sleeping pode ser seguro e benéfico, especialmente para o sono e a amamentação.
Dicas para uma cama compartilhada segura
Se você está considerando essa opção, aqui vão regras de ouro para garantir a segurança do seu bebê:
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Colchão firme e plano – Evite camas macias ou com muitos travesseiros.
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Nada de cobertores, almofadas soltas ou bichinhos perto do bebê.
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Nunca dormir com o bebê se você estiver sob efeito de álcool, medicamentos sedativos ou extremamente exausta.
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Sempre coloque o bebê de barriga para cima, como recomendado pelos pediatras.
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Evite que o bebê durma entre você e outra pessoa (como o parceiro) – idealmente, ele deve estar ao lado da mãe, com uma barreira de segurança do outro lado (como uma grade ou parede).
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Evite camas muito altas e sem proteção lateral.
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Considere um “ninho” ou mini berço acoplado à cama se quiser mais segurança e praticidade.
Os benefícios que senti
Além do conforto emocional, eu percebi que o bebê acordava menos e mamava com mais facilidade. Meu sono, embora mais leve, era menos interrompido — e isso me deu forças para enfrentar os dias difíceis.
Não estou dizendo que essa é a melhor escolha para toda mãe, mas foi a melhor para mim. O importante é que você se sinta segura, bem informada e em paz com a sua decisão.
Cada família encontra o seu jeito
No fim das contas, não existe maternidade perfeita, mas sim maternidade possível. A cama compartilhada não é certa nem errada — é uma escolha que exige informação, responsabilidade e carinho.
Se você optar por não praticar, tudo bem. Se você optar por praticar, tudo bem também — contanto que seja com segurança.
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